terça-feira, 14 de junho de 2011

Eu só quero lembrar de você...

Mesmo assim ainda tinha tanto... Tanto pra dizer, pra fazer, pra viver...
Tive diálogos imaginários. Falei com você, te contei alguma coisa do meu dia. Eu briguei com você, gritei com você, te culpei, queria o brilho dos meus olhos de volta. Eu chorei... E perguntei - mais uma vez - Por que você foi embora? Uma, duas, várias vezes...
Minha voz ecoou no grande vazio que você deixou... Foi então o silêncio. Um silêncio denso como o violoncelo, doce e triste como as notas de um piano...
Eu não sei se você volta... Mas parece que não volta mais...
É hora de juntar meu silêncio ao seu...
Eu não vou poder partir, mesmo indo por toda parte, não vou a lugar algum... Eu não tenho pra onde ir... Eu vou seguir levando comigo as bagagens da vida.
É chegada a hora de deixar você ir, mesmo que já tenha partido.
Trouxe flores... Não como clichê da partida, mas porque sempre quis te dar, você sabe. Eu esperava era um dia. Um dia que agora não vai mais chegar. São as flores mais bonitas da minha primavera, as últimas já que agora o inverno começa... A vida não pára...
Trouxe flores não pra dizer "adeus" porque isso eu não sei dizer, mas pra te agradecer por cada dia, pela chance...

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